Segundo Mágino Alves, autores das duas chacinas ‘com certeza’ são diferentes, mas é preciso investigar se pertenciam ao mesmo grupo criminoso.
SÃO PAULO/SP – O Secretário de Segurança Pública de São Paulo, Mágino Alves, afirmou nesta quarta-feira (5) que as balas usadas nas chacinas que mataram nove pessoas na capital paulista eram de armas diferentes. De acordo com o chefe da pasta de segurança, “com certeza” os autores dos crimes que ocorreram nas zonas Norte e Sul da cidade não são os mesmos, mas é preciso apurar se pertencem ao mesmo grupo criminoso.
Local de chacina onde morreram seis pessoas no Jaçanã, Zona Norte de São Paulo (Foto: Nivaldo Lima/Futura Press/Estadão Conteúdo).
Os crimes entre a noite de terça e a madrugada de quarta-feira ocorreram em locais distantes entre si. No Campo Limpo, na Zona Sul, três pessoas morreram e uma ficou ferida após serem alvo de disparos, segundo informou a Secretaria de Segurança Pública. No Jaçanã, foram seis mortos e três feridos, segundo a pasta.
“No Jaçanã, foram recolhidas cápsulas de calibre 45, exclusivamente. No Campo Limpo, foram recolhidas cápsulas de 9 milímetros e calibre 380. São dados importantes que demonstram que talvez não haja uma ligação nas duas ações, pode ser só uma coincidência a concomitância das duas ocorrências”, afirmou o secretário Mágino Alves.
“Com certeza, [foram usadas] armas diferentes. Com certeza não são os mesmos autores, porque aconteceram num momento muito próximo entre um caso e outro. Mas o envolvimento de um mesmo grupo criminoso tem que ser investigado”, completou.
Policiais do Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa, no entanto, disseram ao G1 que os dois casos, aparentemente, não teriam relação. Eles informaram, ainda, que não foram encontrados indícios da participação de policiais nos crimes.
O secretário informou que já estão sendo levantadas imagens de câmeras de segurança e que, no caso da chacina do Jaçanã, onde seis morreram, apenas uma pessoa tem atecedente criminal. “Na do Campo Limpo, não tenho a informação [sobre antecedentes criminais]. Há também um fato importante: que nós temos sobreviventes. Isso ajuda na elucidação dos casos”, explicou.
![porte_arma1]](http://www.milnoticias.com.br/wp-content/uploads/2024/12/porte_arma1-100x70.jpg)
