Park Geun-hye, de 66 anos, está presa há quase um ano. Ela foi acusada de corrupção, suborno, abuso de poder e vazamento de segredos de Estado.
A promotoria do Distrito Central de Seul pediu nesta terça-feira (27) 30 anos de prisão para a ex-presidente da Coreia do Sul, Park Geun-hye, por seu envolvimento no caso de corrupção da “Rasputina”, que culminou com sua cassação e prisão preventiva há quase um ano.
Em abril do ano passado, Park, de 66 anos, recebeu 18 acusações que incluem corrupção, suborno, abuso de poder e vazamento de segredos de Estado.
Os procuradores também estão pedindo uma multa equivalente a US$ 127,1 milhões para Park, que está detida desde 31 de março do ano passado.
A Promotoria acredita que Park e sua amiga Choi Soon-sil, conhecida como “Rasputina”, extorquiram pouco mais de US$ 50 milhões de diversas empresas, entre elas a Samsung, em troca de obter um tratamento favorável do governo sul-coreano.
No último dia 13, Choi Soon-sil foi condenada a 20 anos de prisão por 18 acusações, entre elas abuso de poder, coação e suborno. A Promotoria tinha solicitado uma pena de 25 anos para ela.
Clemência
Park Seung-gil, advogado que representa a ex-presidente, pediu clemência à Corte Distrital Central de Seul, dizendo que sua cliente deu o melhor de si comandando o paÃs “dia e noite”.
O julgamento de Park começou em maio, e um veredicto é esperado antes de abril. O caso chamou atenção para os laços Ãntimos entre os lÃderes polÃticos sul-coreanos e seu maior conglomerado, a assim chamada “República da Samsung”.
“(Park) provocou uma crise nacional deixando uma pessoa que jamais se envolveu na administração estatal comandar o paÃs”, disse um procurador. “Ela e Choi receberam dezenas de bilhões de won (a moeda local) em subornos, e mesmo assim negaram seus crimes e obstruÃram os esforços para se estabelecer a verdade”
A aceitação de suborno pode incorrer até em prisão perpétua.
Centenas de apoiadores se reuniram diante do tribunal proclamando a inocência de Park. “Libertem nossa presidente imediatamente”, bradavam.
Éa terceira vez que um ex-chefe de Estado da Coreia do Sul é detido por um caso de corrupção. Chun Doo-Hwan e Roh Tae-Woo cumpriram penas de prisão nos anos 1990 por motivos similares. O ex-presidente Roh Moo-Hyun, eleito democraticamente, cometeu suicÃdio em 2009, quando ele e a famÃlia eram investigados por corrupção.