Ele é investigado por suspeita de enriquecimento ilÃcito em caso de compra de imóvel. Prefeitura não vai comentar.
SÃO PAULO – Ministério Público de São Paulo pediu nesta segunda-feira (12) o bloqueio de bens e a perda da função pública e dos direitos polÃticos de Edson Aparecido dos Santos, diretor-presidente da Cohab.
Em ação civil de improbidade administrativa, o promotor Marcelo Milani pede ao setor de perÃcias do MP uma análise da evolução patrimonial de Santos. “Concluiu-se pela incompatibilidade entre a renda auferida e os gastos efetuados pelo investigado”, diz o documento.
Aparecido foi nomeado para a Cohab logo que o prefeito João Doria (PSDB) assumiu a gestão, em janeiro de 2017. A empresa municipal é a responsável por construir unidades habitacionais para a população de baixa renda na capital.
Edson Aparecido informou que ainda não tomou conhecimento da ação do Ministério Público. Ele também reafirma sua inocência em relação ao que é investigado. A Cohab e a Prefeitura de São Paulo informaram que não vão comentar o caso.
Santos havia deixado o cargo de secretário estadual da Casa Civil da gestão de Geraldo Alckmin em 2016, poucas semanas após o Ministério Público de São Paulo começar a apurar se o patrimônio dele é compatÃvel com os vencimentos de cerca de R$ 19 mil que recebia. Ele possui casa no litoral norte paulista e um apartamento de luxo na capital comprado por valor abaixo do preço de mercado.
A investigação
Edson Aparecido passou a ser investigado em 2016 após a compra de um apartamento na Vila Nova Conceição, área nobre da Zona Sul paulistana. Ele pagou R$ 620 mil reais num imóvel que havia sido vendido por mais de R$ 1 milhão seis meses antes.
Em depoimento, Edson disse que não possuÃa nenhuma outra fonte de renda além da remuneração de deputado estadual e que uma parte do valor pago, R$ 110 mil, tiveram origem em empréstimos em dinheiro vivo da atual esposa e de sua secretária particular.
O Ministério Público também descobriu que Edson Aparecido possui outros dois imóveis: uma casa num condomÃnio de luxo em Maresias, no litoral norte, e um sÃtio em Ibiúna, na Grande São Paulo.
“Com o salário que ele tinha não dava pra comprar nenhum dos bens” afirmou o promotor Marcelo Milani na ação.