Agente penitenciário discutiu com a ex-mulher, atirou nela na frente da filha de 11 anos e depois se matou em Araçatuba (SP). Pai da vítima disse que a família sofria ameaças.
ARAÇATUBA/SP – A mulher que foi morta pelo ex-marido na noite desta quarta-feira (25) em Araçatuba (SP) tinha uma medida protetiva contra ele, que se matou logo em seguida.
Segundo a família da costureira Geni Aparecida Alves Ferrer, o agente penitenciário Gylson Alves de Sena não aceitava o fim do relacionamento. O crime foi na frente da filha, de 11 anos.
“Era ele chegar e já discutiam, ele chorava para voltar com ele, ela não queria. Ele não aceitou o fim do relacionamento. Ele a ameaçava e a família inteira. Ela fez uma medida protetiva contra ele, mas ele não respeitou não”, afirma Nelson dos Santos Ferrer, pai da vítima.
Nelson mora com a mulher nos fundos da casa onde o crime aconteceu, mas como é cadeirante, não conseguiu ajudar a filha na hora da discussão.
“Houve uma discussão na presença da filha. Ele era agente penitenciário, atirou nas costas dela e depois contra a própria cabeça. O que temos o motivo são especulações, vão ser esclarecidos no inquérito”, afirma o delegado Getúlio Nardo.
O caso
Segundo a Polícia Militar, Gylson Alves de Sena foi até a casa de Geni Aparecida Alves Ferrer, no bairro Amizade. Após uma discussão, ele sacou uma pistola calibre 380 e atirou nas costas da vítima, de 48 anos. Em seguida, disparou contra a própria cabeça.
Os dois foram socorridos ainda com vida pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e pelo Corpo de Bombeiros. No entanto, eles não resistiram e morreram a caminho do hospital.
A polícia foi ao local do crime e isolou a casa para os trabalhos de perícia. Os corpos do agente e da mulher foram encaminhados ao Instituto Médico Legal (IML) de Araçatuba e o caso será investigado pela Polícia Civil.
O corpo de Geni foi enterrado nesta quinta-feira (26), enquanto o de Gylson será enterrado nesta sexta-feira (27), ambos em Araçatuba.