ANDRADINA – A Polícia Militar prendeu na tarde de quarta-feira (17), o caminhoneiro R. T. S., de 45 anos, residente na Av. Barão do Rio Branco, acusado de tentativa de feminicídio. Encaminhado à DDM – Delegacia de Defesa da Mulher, foi indiciado no artigo 121, parágrafo 2, inciso VI, e combinado com o artigo 14, inciso II e encaminhado à cadeia de Ilha Solteira. Se condenado pode pegar pena de 12 a 30 anos. A mulher precisou ser medicada devido as agressões em um dos olhos e hematomas no pescoço.
Tudo começou quando uma dona de casa e sua mãe, foram com o homem até um supermercado. Enquanto as duas faziam compras, ele permaneceu afastado e nesse período acredita-se que ele tenha ingerido bebida alcóolica.
Quando o mãe e filha retornavam para casa, próximo de 12h30, já perceberam que o homem estava alterado, sendo ríspido com as duas ainda dentro do veículo.
Quando desceram, a sogra do homem, que mora no mesmo quintal, porém, na casa da frente, retirou as compras do porta malas e entrou em sua casa. Enquanto isso, a filha foi para a edícula nos fundos para colocar a compra e ao retornar para o veículo para apanhar mais mercadorias, a mãe percebeu que ela estava com o rosto bastante avermelhado.
A mãe perguntou o que havia acontecido e a filha desconversou, falando que havia chorado e passado a mão nos olhos. A filha retornou para dentro da edícula.
Em determinado momento e desconfiando que algo não estava bem, a mãe entrou na edícula, que estava com a porta aberta e encontrou o genro esganando a filha sobre a cama. Para impedir a reação da vítima, o homem colocou o joelho sobre o corpo dela, imobilizando-a por completo. Ela tentou intervir, mas foi agredida e empurrada pelo genro porta-a-fora.
Desesperada, a mãe correu até a sede do batalhão e encontrou uma policial feminina a paisana. Nervosa, ela contou o que estava acontecendo e a policial pediu ajuda para um sargento que estava de serviço.
Rapidamente os dois policiais foram até a casa onde estava acontecendo o crime, localizada muito próximo da sede do Batalhão e renderam o agressor. Ele tentou reagir, mas acabou sendo imobilizado.
REINCIDENTE
Segundo informações, R. T. S., de 45 anos, é reincidente no crime de agressão contra sua companheira. Em junho último ele agrediu-a e acabou preso. O casal estava separado desde então e reataram a apenas 15 dias, quando houve nova agressão e desta vez de natureza mais grave.
AUDIÊNCIA DE CUSTÓDIA
Ele seria encaminhado na quinta-feira (18), para audiência de custódia no fórum local onde o juiz decidiria se ele responde ao processo por feminicídio tentado preso ou em liberdade.
DENUNCIAR
Segundo a delegada titular da DDM – Delegacia de Defesa da Mulher, Michelly Migliorini, é preciso que as vítimas de agressões apresentem denúncia contra seus agressores para que eles sejam julgados e possivelmente condenados pela lei. “A omissão acaba fazendo com que os agressores sejam cada vez mais violentos e acabam cometendo o homicídio contra suas companheiras, o chamado feminicídio, quando envolve pessoas com algum laço consanguinio ou de parantesco ”, destacou a delegada.