Gabriela Ximenes, de 10 anos, morreu após ser agredida por colegas na saída da escola em Campo Grande (MS). — Foto: TV Morena/Reprodução.

Testemunhas falam que adolescentes também agrediram menina de 10 anos morta a ‘mochiladas’ em MS

Polícia já ouviu 18 testemunhas no inquérito e aguarda resultado do laudo necroscópico, para apontar ao certo o motivo da morte da criança.

CAMPO GRANDE/MSA Polícia Civil já ouviu 18 testemunhas no inquérito que apura a morte de uma menina de 10 anos, agredida “a mochiladas” e puxões de cabelo, por uma colega de 9 anos, em Campo Grande. No entanto, mesmo ela confessando sozinha a agressão, outras pessoas falam que duas adolescentes não somente incitaram, mas, também bateram na criança.

Gabriela Ximenes, de 10 anos, morreu após ser agredida por colegas na saída da escola em Campo Grande (MS). — Foto: TV Morena/Reprodução.

Gabriela Ximenes, de 10 anos, morreu após ser agredida por colegas na saída da escola em Campo Grande (MS). — Foto: TV Morena/Reprodução.

“Nós não descartamos a participação das adolescentes. Em um primeiro momento, elas prestaram depoimento, bem como a menina de 9 anos. Mesmo a criança confessando que agrediu sozinha e as outras falando que nem encostaram na vítima, testemunhas informaram outra versão, ressaltando que as mais velhas também bateram na menina. Elas inclusive serão chamadas para novo interrogatório”, afirmou ao G1 a delegada Ariene Murad, responsável pelas investigações.

Além de pessoas que presenciaram a cena, perto da Escola Estadual Lino Villachá, na região norte de Campo Grande, o diretor da escola, funcionários e parentes da vítima também estiveram na Delegacia Especializada de Atendimento à Infância e Juventude (Deaij).

“Estamos esperando o necroscópico, foi uma requisição especial. Agora, a perícia deve apontar qual o nexo causal da morte. De forma preliminar, o médico ressaltou que a causa da morte foi tromboembolismo pulmonar, ocasionado por uma artrite e, em seguida, a infecção que se agravou para artrite séptica e causou o tromboembolismo”, ressaltou Murad.

Ainda conforme a polícia, foram constatados 125 registros da criança na rede pública de saúde. “Ela teve em média 67 idas ao posto de saúde, realizando consultas e exames laboratoriais. Ao que consta, a menina tinha uma mãe zelosa que a levava ao médico por questões corriqueiras e de rotina de uma criança”, finalizou a delegada.

O caso

Gabrielly Ximenes, de 10 anos, foi agredida na saída da escola no dia 29 de novembro. A discussão teria começado em sala de aula. A criança chegou a citar o nome desta colega para o pai. Após alguns minutos, segundo a polícia, a menina teria chamado outras 2 garotas, de 14 anos, que também bateram na criança. O fato aconteceu a cerca de 100 metros do portão da escola estadual onde as meninas estudam.

Gabrielly foi levada para a Santa Casa pelo Samu, ficou em observação por 1 dia, e foi liberada. No dia 4 de novembro, ela disse para a família que sentia muitas dores, foi levada para unidades de saúde, dia 5 voltou para o hospital, passou por cirurgia e morreu.

No hospital, foi realizado um procedimento no lado direito do quadril da menina, em razão do diagnóstico de uma artrite séptica. “Ela sofreu quatro paradas cardíacas e também foi identificada uma infecção generalizada. Acompanhei a necrópsia e a criança sofreu tromboembolismo pulmonar”, disse na ocasião a delegada.

G1

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