Delegado responsável pelo caso comentou que “muitas pessoas já foram ouvidas” e homem que estava no quarto com a vítima terá depoimento agendando em MS.
CAMPO GRANDE/MS – A Polícia Civil pediu, nesta segunda-feira (20), em Campo Grande, uma contraprova do laudo que apontou como sendo cocaína a substância que estava no quarto de motel onde estava a médica veterinária, de 29 anos, além do diretor de um jornal, de 30 anos.
Segundo o delegado Ricardo Bernardinelli, responsável pelas investigações, a substância foi apreendida no frigobar. “O exame toxicológico deu positivo e agora estamos pedindo a contraprova, que será definitiva para comprovar se realmente é cocaína ou não”, explicou.
Sobre os depoimentos, o delegado alega que “muitas pessoas já foram ouvidas”. Sobre o homem que estava com a vítima no quarto, ele alega que será ouvido como testemunha e o depoimento deve ser agendado nos próximos dias.
“Ele consta neste momento como testemunha no inquérito, mas, o entendimento pode mudar no decorrer dos dias, caso seja descoberto algum envolvimento”, disse.
Entenda o caso
A médica veterinária morreu na avenida Redentor, que fica perto do bairro Maria Aparecida Pedrossian, na noite da última quinta-feira (16). Ela estava em um motel nas proximidades fazendo uso de cocaína, segundo consta no boletim de ocorrência.
A polícia foi acionada por volta das 20h (de MS) e, ao chegar, foi informada por testemunhas que a vítima “havia se jogado sob as rodas de um caminhão”, sendo que pouco antes “saiu do local transtornada, aparentando estar surtada, pois se jogava e rastejava no asfalto, gritando o tempo todo”.
Ainda conforme as testemunhas, um homem que estava com ela no motel tentou colocá-la em uma caminhonete prata. No entanto, ela se recusava e inclusive algumas pessoas tentaram ajudá-la ao verem que ela estava “muito descontrolada e espumava pela boca”, de acordo com o boletim de ocorrência.
Sem conseguir colocá-la no veículo, o suspeito teria “acelerado” e saído do local em “alta velocidade”, segundo a investigação. Neste momento, a jovem teria atravessado a avenida em direção a um caminhão baú, com placas de Guarulhos – SP. O motorista prestou depoimento e ressaltou que, ao ver “a moça cruzando a pista acionou os freios” para evitar o atropelamento.
Assim que parou, percebeu que a vítima “tentava se enfiar entre os eixos do veículo”. Com a ajuda de outras testemunhas, ele tentou tirá-la, porém, em dado momento ela “caiu para trás já desacordada”. Quando a equipe do Corpo de Bombeiros chegou, a encontrou desacordada. Houve a tentativa de reanimá-la, mas, ela já estava morta.
Um equipe policial foi primeiro ao local e depois acionou reforço da Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário (Depac) Centro. No quarto 08 foi apreendida uma porção de cocaína, que foi encaminhada para a Delegacia Especializada em Repressão ao Narcotráfico (Denar), além de quatro latas de cerveja e um frasco de descongestionante nasal e comprovante de pagamento de cartão.
Em seguida, o advogado do suspeito foi até a delegacia. Pouco tempo depois, uma advogada, representando a mãe da vítima, também esteve na delegacia e pegou uma cópia do boletim de ocorrência. O caso é investigado na 3ª Delegacia de Polícia.