Delegada diz que flagrante foi convertido em prisão preventiva em MS. Suspeito vai responder por feminicídio, com o agravante do motivo torpe e emboscada.
ÁGUA CLARA/MS – A Polícia Civil aguarda vaga em um presídio de Campo Grande para transferir o suspeito de 40 anos, que matou a ex-mulher com um tiro na testa, em Água Clara, município que fica na região leste de Mato Grosso do Sul. O crime ocorreu na última quinta-feira (26).
Segundo a delegada Fernanda Félix, titular da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam), o inquérito será encaminhado para Água Clara e concluído, em breve, por se tratar de um flagrante.
“O inquérito está sendo encaminhado para o delegado do município onde o crime ocorreu. A arma não foi localizada e o flagrante foi convertido em prisão preventiva. Por enquanto, ele está em uma cela da Deam e estamos aguardando vaga. O pedido já foi encaminhado para a 1° VEP [Vara de Execuções Penais]”, comentou.
O suspeito responde pelos crime de feminicídio, tendo as qualificadores de motivo torpe e emboscada. Somadas, as penas ultrapassam 40 anos de reclusão.
PM fez ação conjunta para capturar suspeito
Policiais militares de Água Clara, em conjunto com militares de Campo Grande, conseguiram capturar o suspeito por volta das 11 horas (de MS) de sexta-feira (27), 18 horas após o assassinato. Ele estava na região central da cidade.
Em depoimento, ele disse que teve uma discussão com a esposa e, na verdade, teria sido ela quem apontou a arma para ele. Durante uma suposta briga, ele tirou a arma das mãos dela e atirou. No entanto, a versão não convenceu a polícia, que possui versão de testemunhas nos autos e também aguarda a conclusão de laudos periciais.
Entenda o caso
A vítima foi morta com um tiro na testa pelo ex-companheiro por volta das 17 horas de quinta-feira (26), em Água Clara, município que fica na região leste de Mato Grosso do Sul.
De acordo com a Polícia Militar (PM), Euzébia Clara Leite Pereira, conhecida como Clara Bianc, estava sozinha em casa com o suspeito, quando ambos discutiram e ele não teria aceitado o fim do relacionamento. A irmã dela, que mora ao lado, ouviu a briga e em seguida um tiro.
A irmã chamou a polícia e quando os militares chegaram, Clara estava morta e o suspeito havia fugido com a arma.