Detento da mesma cela confessou que matou o colega depois de uma briga na penitenciária de Andradina (SP), segundo a SAP.
ANDRADINA – O detento Roberto Aprígio, de 39 anos, foi encontrado morto no início da manhã de sexta-feira (7), na penitenciária de Andradina (SP). Segundo a Secretaria da Administração Penitenciária (SAP), agentes penitenciários realizavam a contagem dos detentos próximo das 5h30, quando um deles não respondeu.
Ao verificarem o ocorrido, encontraram o homem morto em uma das celas. Ele foi morto por esganadura, além de sofrer corte na garganta, região da traqueia, provocado por uma lâmina de barbear. Segundo um policial que preferiu não se identificar, o autor do homicídio ainda deixou a lâmina dentro da garganta da vítima.
A cela onde a vítima foi morta era habitada por quatro presos, mas somente um deles confessou que matou o colega depois de uma briga. Porém, a Polícia Civil suspeita que os outros presos também participaram do crime e as investigações, assim como a perícia devem confirmar ou não as suspeitas.
O local foi isolado e preservado para o trabalho da perícia técnico/científica. Os demais detentos foram retirados da cela e separados até que a perícia fosse feita no local.
O nome de um dos detentos que estava na cela, de apelido “Katrina”, foi escrito na parede com o sangue da vítima utilizando “emboladinho” de papel higiênico, localizado posteriormente dentro do vaso sanitário (boi) e apreendido.
Há suspeita de que a vítima tenha brigado com a pessoa de apelido “Katrina”, e por isso tenha sido punido com a perda da vítima. Por isso a Polícia Civil suspeita que a morte tenha sido executada por todos que estavam na cela. Outra suspeita a ser investigada é se o crime tem a ver com guerra de facções, já que esse tipo de crime foi cometido em várias penitenciárias do Estado de São Paulo por integrantes da facção “Cerol Fino”, devido o mesmo modo de agir.
Os presos onde o crime foi cometido foram ouvidos por equipes de investigadores e delegado do 1º DP de Andradina e posteriormente a administração da unidade prisional de Andradina os encaminhou para alas disciplinares. O principal acusado deverá ser transferido para outra penitenciária em breve.
Um dos presos é morador do município de Andradina, de apelido “Zói” e também será investigado se ele teve participação no homicídio de companheiro de cela. Vale salientar que os quatro estavam em uma cela que é conhecida como setor de Inclusão.
O que é inclusão na penitenciária?
A inclusão do preso no regime disciplinar diferenciado pode ocorrer também como medida cautelar, nas hipóteses de recaírem sobre o preso fundadas suspeitas de envolvimento ou participação em organizações, ou ter cometido falta grave no sistema a qual está inserido.