PF encontrou cofre durante Operação Sequaz — Foto: PF/Divulgação

Morador de Andradina é preso pela PF suspeito de participar da facção que planejou a morte do juiz Moro

ANDRADINA – Um homem cujo nome e idade não foram revelados pela Polícia Federal (PF) e morador da cidade de Andradina, localizada no noroeste do Estado de São Paulo, foi preso na manhã desta quarta-feira (22), em cumprimento a Mandado de Prisão expedido pelo Ministério Público Federal (MPF), contra membros de uma facção que age em todo Brasil, que planejava cometer homicídios e sequestros contra servidores públicos e autoridades políticas. Ao todo 9 pessoas acabaram presas.

A ação faz parte de uma operação contra o planejamento de ataques por parte da facção PCC (Primeiro Comando da Capital) a servidores públicos e políticos. Um dos alvos seria o ex-juiz e atual senador Sergio Moro (União Brasil).

Na região, a polícia apreendeu veículos de luxo. Não foram detalhados ainda onde ocorreram as buscas e as prisões, bem como qual seria a participação dos alvos. Segundo a PF, os mandados são cumpridos nas seguintes cidades:

Americana – 1 mandado

Santa Bárbara – 1 mandado

Nova Odessa – 1 mandado

Sumaré – 7 mandados

Hortolândia – 2 mandados

São Paulo – 1 mandado

São Bernardo do Campo – 4 mandados

Diadema – 1 mandado

Guarujá – 1 mandado

Andradina – 1 mandado

A ação faz parte da Operação Sequaz. De acordo com a investigação, o objetivo é desarticular uma organização criminosa que pretendia realizar ataques contra servidores públicos e autoridades, incluindo homicídios e extorsão mediante sequestro, em pelo menos cinco unidades da federação (RO, PR, DF, MS e SP)

Os seis presos da região, quatro homens e duas mulheres, foram levados para a Delegacia da Polícia Federal em Campinas. Segundos os investigadores, até por volta de 9h40 estavam confirmados mandados contra os seguintes suspeitos (outros nomes não foram divulgados):

Janeferson Aparecido Mariano; Patrick Uelinton Salomão; Valter Lima Nascimento; Reginaldo Oliveira de Sousa; Sidney Rodrigo Aparecido Piovesan; Claudinei Gomes Carias; Herick da Silva Soares; Franklin da Silva Correa.

O nome do andradinense preso nesta quarta-feira (22), às 7h, não foi revelado ainda.

A facção atua dentro e fora dos presídios brasileiros e internacionalmente. Quando era ministro de Segurança Pública, no governo Bolsonaro, Moro determinou a transferência do chefe da facção, o Marcola, e outros integrantes para presídios de segurança máxima. À época, o senador defendia o isolamento de organizações criminosas como forma de enfraquecê-las.

Além de homicídio, os suspeitos pretendiam sequestrar autoridades públicas, segundo a PF. Os policiais identificaram ainda que os ataques poderiam ocorrer de forma simultânea. Outro alvo do grupo era Lincoln Gakyia, do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco), de Presidente Prudente (SP).

De acordo com as investigações, os ataques poderiam ocorrer de forma simultânea nessas cinco regiões. Os principais investigados se encontram nos estados de São Paulo e Paraná.

São cerca de 120 policiais federais que cumprem 21 mandados de busca e apreensão, sete mandados de prisão preventiva e quatro mandados de prisão temporária em Mato Grosso do Sul, Rondônia, São Paulo e Paraná.

Até o momento, foram nove presos  – sendo seis homens e três mulheres -, todos em São Paulo. Os outros dois procurados com mandado de prisão expedido são do Paraná.

Em São Paulo, durante as buscas, a PF apreendeu joias, dinheiro em espécie guardado em um cofre, celulares, uma moto e um carro de luxo.

Moro se manifestou nesta manhã, pelas redes sociais, falando sobre a operação e disse que comentará o tema na tribuna do Senado.

“Sobre os planos de retaliação do PCC contra minha pessoa, minha família e outros agentes públicos, farei um pronunciamento à tarde na tribuna do Senado. Por ora, agradeço a PF, PM/PR, Polícias legislativas do Senado e da Câmara, PM/SP, MPE/SP, e aos seus dirigentes pelo apoio e trabalho realizado”, escreveu o ex-juiz. (Com informações do G1)

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