Roger Max Soares confessou assassinato de detento em 2015, na penitenciária de Serra Azul. Preso cumpre pena pela participação na morte de voluntária de igreja evangélica.
SOROCABA – O preso Roger Max Soares, que confessou ter matado um colega de cela na penitenciária de Sorocaba (SP) na noite de domingo (15), já responde por um caso semelhante, segundo a Polícia Civil. Em 2015, ele matou um preso na Penitenciária II de Serra Azul (SP).
O caso ocorreu três meses após Roger ser preso pela participação na morte de uma voluntária de uma igreja evangélica, em Jardinópolis (SP). Na época, ele contou à polícia que usou dois pedaços de ferros, retirados da parede da cadeia, para matar o companheiro de cela.
No crime registrado neste fim de semana, em Sorocaba, a vítima José Roberto Batista dos Santos foi atingida por golpes de cabo de vassoura nas costas e na cabeça.
A vitima seria homossexual e morador na cidade de Suzanápolis, região de Pereira Barreto.
Conforme o boletim de ocorrência, Roger alegou que foi provocado pela vítima durante toda a semana e “perdeu a paciência”.
De acordo com a Secretaria de Administração Penitenciária, foi instaurado um procedimento apuratório preliminar e disciplinar para investigar o caso. A pasta solicitou a transferência de Roger para sanção disciplinar, além de requerer judicialmente a internação dele no Centro de Readaptação Penitenciária, em Presidente Bernardes (SP).
Os outros dois detentos que estavam na mesma cela foram isolados preventivamente na unidade, que está superlotada, com 155% a mais de presos que a capacidade.
Latrocínio
Roger Max Soares estava preso desde 30 de agosto e já respondia por latrocínio, que é roubo seguido de morte e ocultação de cadáver.
Ele e a esposa, Rebeca Soares, de 25 anos, são suspeitos de matar Regina Lopes, de 55 anos, que foi atacada pelo casal com uma faca improvisada durante um roubo.
A vítima, que atuava em causas sociais, conhecia os suspeitos e já havia ajudado o casal em outras ocasiões. O crime aconteceu quando ela dava carona para eles, depois de terem saído de um culto no bairro Monte Alegre, em Ribeirão.
Os suspeitos foram presos em flagrante e confessaram o crime. Na delegacia, Soares disse não ter se arrependido do crime. “Lógico que não [me arrependo]. Pra que eu vou me arrepender? Eu tinha que conseguir o dinheiro de uma forma rápida”, afirmou na época.
G1